Amigos na Demência: as 5 mensagens da campanha
A saber:
- A demência não faz parte do envelhecimento normal
A palavra demência é utilizada para descrever um grupo alargado de sintomas, que podem incluir a perda de memória, dificuldades de raciocínio de resolução de problemas, assim como alterações da linguagem, do humor ou do comportamento.
Existe ainda muito desconhecimento e estigma sobre a doença, associando-se os esquecimentos à idade. No entanto, apesar de afetar sobretudo as pessoas mais velhas, a demência não faz parte do envelhecimento normal. Pessoas mais novas também podem desenvolver demência.
- A demência é causada por doenças do cérebro
Como qualquer órgão do nosso corpo, o nosso cérebro também pode ser afetado por doenças. Existem mais de 100 tipos de demência. Além da doença de Alzheimer, as mais comuns são a demência vascular, a demência de corpos de Lewy e a demência frontotemporal.
Diferentes tipos de demência afetam o cérebro de formas e ritmos diferentes. Mas há outros aspetos que também influenciam a forma como cada um vive com demência: as suas circunstâncias individuais, as pessoas que as rodeiam e o contexto em que vivem. A demência progride de uma forma única em cada indivíduo.
- A demência não se resume à perda de memória
A dificuldade em memorizar novas informações ou lembrar-se de acontecimentos, pessoas ou tarefas do dia a dia é, sem dúvida, o sintoma mais conhecido da demência, e também aquele que é mais facilmente identificado por familiares e amigos numa fase inicial da doença. Mas não é o único.
A pessoa pode ter dificuldade em fazer planos e tomar decisões, trocar o lugar das coisas, não encontrar a palavra certa, não saber o caminho para voltar para casa, ter dificuldades em vestir-se ou cozinhar uma refeição.
A demência pode também afetar a perceção. Por exemplo, um chão brilhante pode parecer molhado ou um tapete escuro pode parecer um buraco.
- É possível viver melhor com demência
As pessoas com demência, em fases iniciais, podem continuar a ser capazes de trabalhar, conduzir e relacionar-se com os outros. O que cada um é capaz de fazer, com que grau de autonomia, e durante quanto tempo, irá variar de pessoa para pessoa.
Viver melhor com demência significa coisas diferentes para pessoas diferentes. Apesar da demência implicar vários desafios, o importante é criar um ambiente que facilite a ocupação e o lazer, assim como a participação social das pessoas com demência. Essencialmente, aquilo que uma pessoa precisa para viver melhor com demência é de apoio e de compreensão.
- A pessoa é muito mais do que a demência
Cada pessoa tem uma história de vida, gostos e hábitos que a tornam única.
Os comportamentos de uma pessoa com demência, por muito estranhos ou desadequados que possam parecer, têm uma justificação. O grande desafio está em não julgar a pessoa com demência e tentar compreender o significado das suas ações, já que esta não tem culpa de não se lembrar ou não conseguir expressar aquilo que a pode estar a perturbar.
Uma pessoa com demência é uma pessoa como qualquer outra, por isso, não devemos nunca dizer “doente” ou “demente”, mas sim usar a expressão “pessoa com demência”, só assim vemos a pessoa em primeiro lugar, não apenas a demência.
É importante uma interação positiva e tranquila, que tenha em conta a vontade e preferências da pessoa: que a faça sentir-se valorizada, feliz e incluída. Um sorriso, um abraço, ou uma conversa pode ser suficiente para melhorar o dia de qualquer pessoa.
Junte-se já hoje a este movimento e seja, tal como nós, um “Amigo na Demência”. E é tão fácil sê-lo: