Ó meu amor de algum dia, havemos de ir a Viana!

O amor tem razões que a própria razão desconhece, mas por algum motivo todos os seus caminhos vão dar a Viana do Castelo. Terra que inspira o amor, poemas, músicas e bordados, dir-se-á, sem pestanejar, que a nossa cidade minhota tem um coração genuíno e romântico, onde cabem todos os casais apaixonados.
Foi este mesmo coração vianense que inspirou o poeta Pedro Homem de Melo a escrever um dos mais famosos fados cantados por Amália Rodrigues:
Se o meu sangue não me engana | como engana a fantasia
Havemos de ir a Viana | ó meu amor de algum dia
ó meu amor de algum dia | Havemos de ir a Viana
se o meu sangue não me engana
Havemos de ir a Viana.
E foi também ele que levou o etnógrafo Amadeu Costa a celebrizar a expressão “Viana é Amor”, que ainda hoje glorifica a cidade como destino romântico. Foi graças ao trabalho deste vianense de gema que o nosso município ficou conhecido como cidade de tradições e, claro, de amor. A ele se deve a divulgação do Traje Minhoto, das tradições de Viana e da organização daquele que é o maior e mais importante evento da cidade: as Festas de Nossa Senhora d’Agonia.
Foi também aqui que nasceu a arte dos namorados – extensível a toda a região do Minho -, expressa na genuína forma poética e artística utilizada pelas moças minhotas, em idade de casar. Falamos nos lenços de namorados, esses símbolos coloridos, que tiveram o seu apogeu entre 1850 e 1950, mas que se tornaram intemporais. Tal como o amor.
Além disto, a nossa cidade exibe corações por toda a parte, como uma assinatura regional do seu romantismo. Era um destino de lua-de-mel do turismo nacional, antes da massificação das viagens para destinos tropicais, e continua a ser palco privilegiado para os casais trocarem alianças, com os casamentos no Templo de Santa Luzia.
Como vê, não restam dúvidas que Viana é a cidade mais romântica de Portugal. Diga já ao seu amor de algum dia, que hão-de ir a Viana e entre no espírito do Dia de São Valentim na nossa linda cidade.