Os três museus que fizeram pulsar a Flor de Lótus de Iva Viana

O Pulsar Viana tem como objetivo mostrar o que de melhor tem Viana do Castelo e, como tal, os museus não podiam ficar de fora. Conheça aqui os três espaços que inspiraram a curadora Iva Viana.

Natural da cidade dos estucadores, é a partir de Viana do Castelo que Iva Viana trabalha para todo o mundo. Uma decisão que muito tem a ver com o facto de encontrar nesta cidade muita da inspiração – e também da tranquilidade – de que necessita para o seu trabalho. Foi o que, de resto, aconteceu com a sua colaboração com o Pulsar Viana.

Desafiada para assumir a curadoria de um evento que celebra a sua cidade, a artista não teve dúvidas de que o seu trabalho teria de começar com um olhar sobre o passado e a tradição. Assim, elegeu três museus municipais– a Casa dos Nichos – Núcleo Arqueológico, o Museu do Traje e o Museu de Artes Decorativas – como ponto de partida para a investigação que viria a dar origem à exposição, “Coleções Secretas da Região”, que marcou o arranque de mais uma edição do Pulsar Viana, no Estação Viana Shopping.

A Casa dos Nichos – Núcleo Arqueológico ocupa uma das mais antigas casas do centro histórico de Viana do Castelo. No seu interior reúne objetos que remontam à pré-história e ajudam a compreender o aparecimento da vila de Viana.

Este espaço tem agora também uma área museológica virtual que permite aos visitantes aceder ao conhecimento do património concelhio, recorrendo a plataformas multimédia. Uma forma de conquistar os mais novos que têm à sua espera jogos didáticos e atrativos para aprenderem mais sobre a sua cidade.

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Incontornável na história de Viana do Castelo – e até do país – são os tradicionais trajes que marcam a região. Justamente por isto, Iva Viana considerou fundamental que um dos museus escolhidos fosse o Museu do Traje. 

Quem aqui entra fica facilmente deslumbrado pela variedade e riqueza de Trajes à Vianesa: femininos, populares, rurais e únicos. Estes trajes – que apareceram em meados do século XIX – eram usados no dia-a-dia. No entanto, o facto de dificultarem, pelo seu peso e complexidade, os movimentos de quem os usava, acabaram por passar a ser usados em momentos de celebração, como nas Festas de Nossa Senhora da Agonia, ou nos grupos de folclore. Hoje em dia, este museu permite apreciar a evolução histórica e a multiplicidade de trajes criados em Viana do Castelo.

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O terceiro museu visitado pela curadora, está instalado desde 1923 e já teve três nomes. Começou por se chamar Museu Municipal de Viana do Castelo, depois passou a Museu de Arte e Arqueologia e agora denomina-se Museu de Artes Decorativas.

Aqui podemos encontrar coleções de faianças portuguesas dos séculos XVII, XVIII e XIX, azulejos, mobiliário indo-português, mobiliário dos séculos XVII e XVIII e ainda desenhos e pinturas de artistas portugueses. Sendo a escultura decorativa em gesso o epicentro do trabalho de Iva Viana, que se assume como uma apaixonada pelo “fazer à mão”, este museu é, sem dúvida, o que mais pontos de contacto tem com o seu universo artístico. Mas foi da inspiração combinada que encontrou nos três espaços que nasceu a Flor de Lótus, que se encontra exposta no seu Centro.

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